Torneios de Tênis

Guia do iniciantes no tênis

Muita gente acha que o tênis é um esporte caro e que somente quem tem muito dinheiro pode praticar, isso aos poucos está mudando no Brasil, para ser um tenista amador você muitas vezes gasta a mesma coisa que para ser um jogador de futebol amador. Um kit com chuteira, caneleira, calção e meião por exemplo, pode custar muito mais caro que um kit com raquete, calção, meia e tênis(calçado) apropriado para jogar tênis. Fazer parte de um time de futebol uma vez por semana pode custar em média 150 reais pelo aluguel da uma quadra/campo na cidade de São Paulo, e isso nada mais é que a mensalidade de um bom clube de tênis também.

Com esse mito sendo desfeito, quadras em condomínios e parques sendo construídas com mais frequência, o tênis pode se popularizar, seria ótimo se tivesse uma ajuda da mídia esportiva também, mas isso é pauta para outro artigo, este aqui fala sobre o início de um jogador que sempre se interessou por tênis mas que só agora está tendo a oportunidade de iniciar sua prática. A meta desse artigo é ser um Guia com "G" maiúsculo, mas isso é a meta, no início podemos dar dicas e encaminhar você que quer entrar nesse esporte viciante.

1º O tênis é diferente do futebol, em quase tudo

Considerando que todo brasileiro gosta, pratica e/ou acompanha o futebol desde de criança, isso é quase uma maldição (brincadeira), esse é um ponto crucial de ruptura com as ideias e modos de pensar/agir dentro de um esporte. Se você já foi um bom boleiro vai ter uma boa vantagem no tênis, pois você já tem a agilidade de movimentação de pernas, habilidade, força e preparação física e mental na prática de atividade física, competitividade, etc. Mas o lado ruim disso é que algumas coisas devem ser desprogramadas em você, o modo de agir com seu oponente e o respeito que existe em uma quadra de tênis é completamente diferente do de uma partida de futebol, até torcer nesse esporte tem suas regras e princípios apurados.

Exemplos:
 
    • torcida concentrada no jogo de tênisEm uma partida de tênis o silêncio é parte fundamental para a concentração dos jogadores, no futebol isso já funciona de outra forma. Por isso quando estiver do lado de fora de uma quadra de tênis vendo um jogo em seu clube ou mesmo vendo uma partida oficial evitar barulhos e movimentações durante os pontos é fundamental, um dia será você lá dentro da quadra. Note que em partidas profissionais o juiz de cadeira sempre se preocupa em pedir silêncio antes dos pontos serem jogados.




  • Em um jogo de futebol são vários jogadores, nem todos são do mesmo nível, principalmente em partidas amadoras, por isso você pedir pra jogar e participar de um jogo esporadicamente é prática normal e você normalmente é imediatamente aceito, agora no tênis o máximo de jogadores que podemos ter são 4 na quadra, em uma partida de duplas, por isso se um está em nível diferente faz muita diferença. Quando se está começando ou em nível diferente você deve ter muita paciência e aguardar que seja sempre convidado a jogar com tenistas que você não conhece, se impor em qualquer situação será um desastre para todos. O ideal é que tenha alguém com mesmo nível que o seu quando for jogar, assim ao menos uma partida lucrativa você vai fazer, assim se depois acontecer de misturar com outros tenistas será lucro, pois jogar com tenistas diferentes sempre é bom, mas é sempre melhor que estejam no mesmo nível para que os dois, ou os quatro, tirem proveito das horas de esporte.

Minha sugestão é que nesta fase inicial você veja muitos jogos de tênis pela TV antes de qualquer ação, vendo os profissionais jogarem você já pode imaginar muito do que é o tênis.

Se você já fez isso pule para o próximo ponto.

2º As regras, parecem complexas mas o impedimento também não é simples

A minha intenção aqui é explicar de uma forma rápida e simples de entender como as regras básicas são, lógico que tudo que é resumido e direto perde detalhes e o tênis é um jogo de detalhes, por isso depois que estiver jogando, leia também o livro de regras completo da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) que eu coloquei no final do item.

A Quadra
A quadra de tênis pode ser basicamente de saibro, cimento, grama ou sintética (rápida). No Brasil, o saibro é mais utilizado. Nos EUA, as quadras de cimento são mais comuns. Já a Inglaterra é famosa por suas quadras de grama.
| SAIBRO | RÁPIDA | GRAMA |

O saibro é uma mistura de terra e argila, coberta com pó de tijolo. Isto torna o jogo mais lento do que em outras quadras, como a de cimento, mais lento pelo fato de a bola andar mais devagar ao bater no chão e com menos aderência o efeito também diminui um pouco.

Jogadores
O tênis pode ser jogado com duas pessoas (simples) ou em duplas (4 pessoas, 2 de cada lado).
Somente no jogo de duplas, os corredores laterias podem ser utilizados (ver flash).
O jogo de duplas pode ser entre dois homens contra dois homens, duas mulheres contra duas mulheres, ou casal contra casal.

Como fazer um ponto

Um jogador faz um ponto basicamente em 3 condições:
 
    • quando a bola do adversário cai um uma área fora da área delimitada pelas linhas de seu lado, e a bola é dita como fora (OUT)




    • quando a bola do adversário não ultrapassa a rede para o seu lado




    • ou quando a sua bola encosta duas vezes no chão, sendo que a primeira dentro da área das linhas do lado adversário.




    • existe também a possibilidade de você acertar qualquer parte do corpo de seu adversário com a bola para fazer o ponto, esteja ele dentro ou fora da quadra, embora essa prática seja de grande desapontamento no meio "tenístico", é o típico caso de legal mas imoral, muitas vezes isso acontece involuntariamente e o jogador se desculpa pelo ato. Pois a intenção do esporte não é machucar ou agredir o adversário, somente superá-lo habilmente.




Obs.: Você pode bater na bola depois do primeiro "pingo" no chão, ou também pode pegar a bola "de primeira" sem ter encostado no chão ainda, somente na devolução de saque que isso não é permitido.

O saque ou serviço

No saque as regras de ponto são as mesmas, mas a área de saque fica reduzida (ver flash).
O diferente é que:
 
    • no saque você tem duas chances de colocar a bola em jogo, o chamado 1º serviço e caso erre o 2º serviço, errando os dois o ponto é do adversário e esse erro é chamado de dupla falta.




    • quando a bola resvala na rede e atinge a área de saque o sacador volta o serviço, mas quando isso ocorre no ponto o jogo continua, mas se o ponto for ganho por esse fato de sorte é de praxe que o jogador também se desculpe.




Obs.: Tanto no saque quando nos pontos as bolas que encostarem nas linhas são sempre consideradas como bolas dentro (IN), essa regra é sempre a maior causa de discordâncias entre tenistas e juizes, por isso nos maiores torneios do mundo recentemente estão sendo usados recursos tecnológicos para definir o ponto. Pra nós, jogadores amadores, o melhor é sempre na dúvida voltar o ponto.

Game
Um game termina quando um jogador ou time completa 4 pontos. No tênis, os pontos são contados de uma maneira diferente. Começando do 0-0, o primeiro ponto é chamado '15' e o segundo '30'. O terceiro ponto é '40' e o próximo fecha o game. Quem está sacando sempre conta, falando primeiro o seus pontos e depois os de seu adversário.
Para fechar o game um jogador tem que chegar a 40 e ter pelo menos dois pontos a mais do que o outro jogador. 40-40 é chamado 'iguais'. Quem faz o próximo ponto tem 'vantagem' e, se conseguir fazer outro ponto, ganha o game. Se o jogador com vantagem não conseguir fazer outro ponto, os jogadores voltam a ser 'iguais' até que um faz dois pontos a mais do que o outro.

Set
Um set é composto por vários games. Geralmente um set é finalizado com 6 games, mas um jogador deve estar com 2 games a mais do que o outro para fechar o set (por exemplo, 4-6 ou 5-7). No caso de empate (6-6), haverá um tie break, quem chegar a 7 pontos primeiro vence o set, como sempre, um jogador deve ganhar com pelo menos 2 pontos de diferença do seu adversário.
Vence a partida o melhor de 3 sets, mas nos grandes torneios (Grand Slams) os jogos vão até melhor de 5 sets.


Aqui nesse link temos todas as regras do tênis (pela CBT), só leia esse documento depois de entender o básico das regras, pois pode ficar um pouco massante a leitura.

Obs.: Caso este link esteja quebrado também é possível encontrar as regras na área de DOWNLOAD em nosso portal.


3º Raquete, tênis e bola, conseguindo os materiais básicos

Perceba que eu excluí a quadra, por enquanto você nem precisa pisar em uma para evoluir com custo baixo.
- falaremos em breve como comprar os materiais e executar as primeiras atividades com esses materiais em um piso nivelado ou em um paredão.

4º Bate bola, muita troca de bola antes de arriscar um jogo

Conseguir alguém para trocar bola com você é preciso, nessa fase é melhor que seja alguém com experiência para que tenha um ritmo do envio de bolas e que elas tenham a mesma velocidade e altura para facilitar seu desenvolvimento, um professor cai bem em algumas aulas até conseguir acertar muitas bolas dentro da quadra, parques e clubes são bons lugares para encontrar todo tipo de jogadores também.

Preparação Para o Golpe


Somente com a preparação correta e antecipada de um golpe é possível usar-se a cabeça da raquete corretamente. Potência, velocidade, efeito, direção e ritmo, são controlados pela maneira como a cabeça da raquete vai contra a bola ao golpeá-la.

A razão pela qual o jogo de pés é tão vital à produção de bons golpes é que possibilita um meio automático de trazer a cabeça da raquete a uma posição, na qual pode golpear em linha com a trajetória da bola. Saque, drive, chop, slice ou smash, necessitam somente de um movimento livre do braço, que carregue a cabeça da raquete diretamente ao encontro à bola, em sua direção à sua trajetória. Somente no voleio, a cabeça da raquete não deverá ser levada tão longe. Um dos melhores dito em tênis que eu conheço é: Deixe a cabeça de sua raquete fazer o serviço.

O segredo da preparação de um golpe está em levar a cabeça da raquete atrás, tão logo você veja para onde vem a bola e conserva-la pronta até o momento de golpeá-la. Somente o voleio, no qual a cabeça da raquete é mantida em frente ao corpo, de modo a poder encontrar a bola rapidamente, é uma exceção à esta regra.

Afinal de contas, as cordas são colocadas na raquete com a finalidade de golpear a bola e somente elas a devolvem. Assim, ponha a cabeça de sua raquete em posição para usar as cordas eficazmente e isto o ajudará a evitar movimentos desnecessários em seus golpes.

Saque - noções gerais sobre o saque

Potência e controle no saque são conseguidos pelo uso livre da cabeça da raquete e não por contorções e acrobacias, que se observam em tantos tenistas. O segredo da potência e controle está na maneira pela qual se controla o peso do corpo nos pés e no uso desembaraçado da raquete, no movimento livre do braço, em toda a sua trajetória, arremessada diretamente à quadra adversária. O saque nada mais é do que o arremesso das cordas da raquete, contra a bola, “colocada" a uma distância e altura onde possa ser confortàvelmente atingida. O movimento da raquete deve ser sincronizado com o da elevação da bola, de maneira que a cabeça da raquete e a bola atinjam o lugar correto, simultaneamente.

Existem vários erros que são freqüentes:
    • O primeiro saque violentíssimo, acertando um em mil e depois coloca o segundo bem fraquinho. Nenhum dos dois vale o esforço despendido e devem ser esquecidos.



    • Bola lançada muito alta e depois golpeá-la ao cair; prejudica o ritimo coordenado do braço e do movimento da raquete; tirar os olhos da bola quando ela demora muito no ar e instintivamente olhar a quadra adversária; O vento pode mudar a direção da bola, ou o próprio arremesso pode ser errado.



  • Bola lançada baixa prejudicará o ritmo do movimento e, provavelmente a bola irá na rede.

A virtude está no meio termo. A bola, no saque, deve ser golpeada em um ponto que possa ser confortavelmente atingida em um movimento simples e livre.

A posição, tanto em relação o lugar, como em relação à colocação dos pés, é a mesma para os três tipos de saque.

Sacar de uma posição, cerca de um metro e vinte centímetros do meio da quadra, com o pé esquerdo (se for destro) num ângulo de 45 graus com a linha de fundo e o direito confortavelmente atrás, com o peso distribuído. Não mova mais o pé esquerdo (pé base).

Evite fazer a “falta dos pés” (foot fault). Não há necessidade de se cometer falta com os pés e geralmente, quando são cometidas o são por “relaxamento”. As faltas mais comuns são:
    • Pisar na linha de fundo ou dentro da quadra.



    • Sacar andando, sem antes para completamente.



  • Sacar com o pé na linha (imaginária), do centro e da lateral da quadra, tanto de simples bem como de dupla.

Quando sacar, não esqueça a cortesia devida a seu adversário. Assegure-se de que ele esteja pronto para receber seu saque. A regra lhe faculta não responder se não estiver pronto.

Existem três tipos de saque e deles derivam todas as outras variações de algum valor. São eles os seguintes:

Slice (cortado) – É o mais usado, porque é o que se adapta melhor a tenistas de qualquer altura e é igualmente fácil para crianças, jovens, homens e mulheres.

Chapado (flat) – Este tipo de saque é necessário que o tenista seja alto, para controlá-lo com qualquer potência. Muito usado como primeiro serviço.

American Twist – Este é um saque que qualquer tenista pode usar, mas, pelo grande esforço físico exigido poderá ser dominado após muito treino. É um bom segundo saque e é excelente em duplas, pois dá tempo ao sacador de segui-lo à rede.

Poucos saques podem ser golpeados com força suficiente para fazerem um “ace”, baseados só na potência. Colocação, mascaramento e surpresa, são elementos que dão valor a um bom saque.



Alguns tenistas costumam tornar-se bitolados em relação ao saque. Ou o considera “puro ataque”, e golpeiam a bola com força excessiva para terem controle e segurança, no primeiro e segundo saque; ou o consideram unicamente uma maneira de se “iniciar um ponto” e simplesmente põem a bola em jogo, sem nenhuma força ou direção. No entanto, o saque deveria ser sempre usado de modo a colocar seu adversário na defensiva, existindo muitas maneiras de se conseguir isso, além da pura força.
 
O saque deve constituir-se de potência, efeito e direção, em proporções iguais embora tais proporções variem de saque para saque. Um dos maiores enganos no jogo de tênis é a crença de que um saque muito forte devido somente à sua força, seja difícil de devolver. Na verdade, quanto mais forte um saque, mais fácil se torna devolvê-lo (desde que se consiga alcança-lo com a raquete), usando a própria força com que vem impulsionado.
 
O saque muito forte, para ser realmente eficiente, deve ter também direção controlada. O primeiro requisito de um bom sacador é o controle que lhe possibilite colocar a bola na esquerda ou na direita do adversário, à sua vontade. O segundo é uma quantidade suficiente de efeito que dê controle da bola no ar e que faça com que pique no lugar desejado. Concluindo, um saque de meia força, suficiente para impedir que o recebedor ataque, mas não tão forte que o adversário se acostume e não se surpreenda, ao se usar muita força, em determinadas ocasiões.
 
O sacador realmente bom é aquele que varia efeito, força e direção em todos os seus saques. Não inicie um jogo usando sua máxima habilidade em sacar. Primeiro, seu braço ainda não está bem aquecido e poderá ressentir-se. Segundo, não terá reservas para as quais apelar nos momentos críticos e nos pontos culminantes de cada série, quando acima de tudo, seu saque deverá ser uma arma de ataque, que ainda tenha elemento surpresa para ser usado.
 
Quanto mais crítico seja o ponto, maior cuidado a tomar com o saque. Acima de tudo, não o apresse. Nunca deixe o medo de errar, ou o nervosismo, encurtar ou prender seu movimento, pois isto redundará em erro. Não desperdice seu primeiro saque, só porque tem direito a um outro. A quantidade de energia gasta no primeiro saque errado, poderá ser justamente a que faltará (e custará a vitória), ao final de uma partida longa e duramente disputada.

Há uma outra razão muito importante para que você se concentre em acertar o primeiro saque, mesmo não sendo tão forte como desejado. Seu adversário, subconscientemente, espera que você erre o primeiro e não estará completamente preparado; ao passo que, se você erra, ele saberá que o segundo vai entrar e estará esperando para atacá-lo. Principalmente, se você tiver cansado seu adversário no ponto anterior, ponha o primeiro saque em jogo, com toda a segurança. Procure sempre disfarçar a direção, para conservar seu adversário na incerteza de que lado vai receber a bola. Somente se você estiver seguindo seu saque à rede, em jogo de simples, é que força, velocidade e profundidade se tornam imperativos.

Mantenha um saque variado, misturando velocidade, efeito e direção controlada e seu adversário ficará confuso. O saque deverá ser sempre para o sacador um fator positivo, e nunca negativo.

O saque, mais do que qualquer outro golpe, é uma questão de treino, treino e mais treino, e é com toda a certeza o menos treinado em todas as classes. Treino e só treino acostumarão seus músculos a responder ao comando de sua mente.

É o único golpe no jogo de tênis, no qual você não é afetado pelo golpe do adversário.

O Saque é Sua Arma

Quando você faz um bom lançamento.

Pode só estar querendo sacar.

É através do lançamento perfeito

Que o saque sairá chapado,

Com efeito, forte ou devagar.

Se o lançamento não estiver no ponto ideal,

Você deve recusar,

Quique a bolinha três vezes no chão,

Para retomar a concentração e o seu corpo relaxar.

Dose a sua auto-estima, pensando, primeiro, só em melhorar.

Seja um sacador paciente,

Disciplinado e persistente.

O saque poderá ser a sua arma importante

Que irá “matar” pontos há todos instantes,

É só você treinar, treinar e acreditar.

Obs.: Veja também o artigo sobre pronação para aprimorar a técnica de seu saque, ENSINANDO A PRONAÇÃO e depois procure mais vídeos sobre saque no YouTube, video aulas são muito produtivas e tem custo zero.

Forehand
Drive de Direita


O drive dos dois lados, da direita (forehand) e da esquerda (backhand) são os mais importantes no jogo de tênis. Eles são usados, provavelmente, duas vezes mais do que todos os outros golpes combinados. É a chave de todo o jogo do fundo da quadra e, desde que um tenista deve executar pelo menos um golpe de fundo antes de poder volear, é fácil ver que o jogo de fundo será mais importante do que o jogo de rede.


O drive é o único golpe no jogo de tênis que é igualmente importante, tanto no ataque como na defesa. Pode ser usado para fazer pontos com o uso de potência e colocação, ao mesmo tempo em que é usado para conservar a bola em jogo, quando se está sendo atacado pelo adversário. É o golpe que tem a maior gama de potência e angulação. O tenista inteligente treinará os drives antes que qualquer outro golpe e se esforçará por torná-lo o mais sólido e consistente possível.
 
O segredo de um drive sólido está na preparação antecipada e na boa colocação dos pés, o que conserva seu corpo de lado para a rede e afastado da trajetória da bola, e o peso do corpo em condições de mover-se para frente, com o golpe.


 
Em todos os drives, não importa a altura do impacto da bola, a cabeça da raquete deve ser levada abaixo da linha de sua trajetória. No momento do impacto, a face da raquete deve atingir a superfície central da bola, com um movimento ligeiramente ascendente e definitivamente para frente, que se continua até o fim da extensão do braço. O simples fato de haver golpeado com a face plana da raquete em direção ligeiramente ascendente e ter continuado o movimento até o fim, dará à bola todo o “topspin” necessário. Deixe a face plana da raquete dirigir-se diretamente para o lugar onde deseja colocar a bola.

Todos os drives devem ser golpeados à altura da cintura! Se o pulo da bola é muito alto para golpeá-la a altura da cintura, onde você se encontra, leve seu corpo a uma posição onde possa fazê-lo:
    • Ou avance e a golpeie na subida a altura da cintura (o que é difícil mesmo para os tenistas de maior categoria e é usado somente no ataque).



  • Ou faça o que é mais fácil, seguro e melhor; mova-se para trás, deixando a bola atingir sua altura máxima, para golpeá-la ao descer, quando atingir a altura da cintura.

Se o pulo da bola for tão baixo que nunca possa atingir a altura de sua cintura, flexione as suas pernas e abaixe sua cintura até a bola, para pode golpeá-la corretamente.

Poucos tenistas compreendem que é a continuidade do movimento, após o impacto, que controla o drive. Timidez e medo de errar, muitas vezes, impedem um tenista de prosseguir seu movimento, resultando é exatamente o que ele temia (o erro), ao passo que, se tivesse tido coragem de golpear a bola, continuando o movimento, teria executado seu golpe certo. Nunca dê um drive sem completar seu movimento todo, e isto se aplica nos golpes vagarosos e fáceis, como nos mais violentos.

A indecisão arruinará seu golpe. Decida o que vai fazer e execute seu golpe com decisão e coragem, completando seu movimento até o fim.
 
Neste vídeo nem todas as bolas são de forehand, mas ele exemplifica bem o que é um bom bate bola, constante e com ritmo.

Backhand
Drive de Esquerda - "Com uma ou duas mãos"

Tudo o que apontei no “drive de direita” (forehand), é igualmente válido para o de esquerda (backhand), se substituir “direita” por “esquerda” e vice e versa. A principal diferença está no ponto de contato onde raquete encontra a bola. Todos os drives de direita (forehand) são golpeados diretamente em frente ao corpo (lembre-se que o tenista está de lado para a rede). No “drive de esquerda” (backhand), a bola deve ser golpeada mais cedo, isto é, mais perto da rede. É onde se conseguirá os melhores resultados. Quanto mais cedo for o ponto de contato, mais cruzado será o golpe. O segredo de uma boa esquerda está na liberdade de movimento, com uma continuação longa.

Os principais usos de drives são:
    • Para devolução do saque (atacando ou defendendo).



    • Para dar “passadas”, contra tenistas que estão na rede (ataque).



    • Para avançar para a rede atrás de uma bola forte (approach) (ataque).



    • Para fazer o ponto (ataque) (winner).



    • Para abrir a quadra adversária, tirando o tenista de posição (ataque trabalhado).



  • Para se defender quando em dificuldades (defesa).

Destes seis usos, vê-se que o drive é, em princípio, um golpe de ataque, mas não necessariamente, e quando o é, raras vezes é um golpe decisivo, sendo seu maior uso o preparo de um ponto a ser concluído, a maioria das vezes, na rede. Assim sendo, o drive deve ser batido, com uma boa dose de potência e velocidade, mas somente algumas vezes com plena força. Vamos ver agora, separadamente e com maiores detalhes, cada um dos seis usos do drive.

Drive na Devolução de Saque


Cerca de 80% de todos os saques recebidos são passíveis de ser devolvidos ao sacador com um drive. Dessa percentagem, somente 10% é possível de ser devolvida, fazendo ponto. Cerca da metade dos 70% restantes pode ser devolvida atacando, enquanto a outra metade é devolvida defendendo.

O recebedor que se concentra e consegue devolver o saque, põe seu adversário sob tremenda pressão. Nada é mais desanimador para um tenista, do que ver seus bons saques serem devolvidos fundos, fazendo-o começar tudo de novo. O primeiro e mais valioso uso do drive é a defesa bem sucedida de um saque. Contente-se em pôr a bola em jogo, suficientemente funda, mas com boa margem de segurança. Não tente fazer muita coisa com a primeira devolução. Ao devolver um saque, faça-o bem cruzado, ou bem paralelo, mas reserve-se sempre uma boa margem de segurança. Não tente acertar nas linhas laterais; isso lhe acarretará muitos erros desnecessários. Golpeie seu drive com força suficiente para que não seja um “chocolate”, mas não há necessidade de velocidade acima da média.

Entretanto, se o sacador lhe der um saque fraco, que pule onde você gosta, não hesite, avance e golpeie forte para fazer o ponto. Essas chances são raras e espaçadas e não se deve tentá-las em saques fortes e bem dirigidos.

A devolução do saque deve ter uma boa margem de segurança sobre a rede. Quando o sacador fica atrás, a devolução do saque deve ser feita com um drive que passe não menos de 30 cm nem mais de 90 cm acima da rede. No caso em que o sacador suba à rede, então o drive nunca deve ser acima de 30 cm sobre a mesma, e quanto mais baixo melhor. Entretanto, é melhor que seja muito alto e permita ao adversário um voleio, do que ser muito baixo e bater na rede, dando-lhe o ponto. Uma bola que passe a rede sempre tem uma chance, mas uma bola que bata na rede é ponto perdido mesmo.

Drive Para "Passadas"

O drive no tênis é sempre o melhor golpe para “passadas”. Isto se deve à sua tendência em cair cedo, devido ao seu natural “topspin”. É o golpe com a maior gama de velocidade e rapidez, com o mínimo de sacrifício de controle. Lembre-se de que, quando se tenta uma “passada”, está se tentando o ponto e, consequentemente, deve haver uma completa decisão e finalidade no golpe. “Passadas” não devem ser golpeadas com a mesma velocidade usada na defesa ou em manobras táticas. Devem ser golpeadas, ou de maneira definitivamente mais forte, ou bem vagarosamente. A “passada” cruzada vagarosa é a mais valiosa das “passadas”, por que;

Podem ser tentada nos ângulos mais abetos da quadra adversária.
Sua direção é mais fácil de disfarçar do que um golpe forte, pois exige muito menor preparo aparente do corpo. Mesmo que não faça o ponto, é muito difícil para volear. Força o jogador de rede a pôr toda a força em seu voleio, coisa muito difícil.

O drive de “passada” é executado, na maioria das vezes, devolvendo o saque ou em bola do fundo da quadra. Isto significa que deve ser um golpe muito forte, devido à distância que a bola tem que percorrer, antes que possa passar o jogador de rede, que terá muito tempo para se colocar em uma bola vagarosa.

Se a “passada” é cruzada, requer também, para surtir efeito, que o ângulo seja bem forte. É melhor tentar, como “passada” cruzada, um drive camuflado, vagaroso e curto. Tal drive forçará o jogador de rede, se alcança-lo, a volear para cima, dando outra oportunidade para passá-lo. Somente adivinhando completamente a direção do golpe, o jogador de rede, poderá em drive cruzado e vagaroso do fundo da quadra, fazer o ponto.

Entretanto, em drives curtos de dentro da área de saque, a “passada” vagarosa é muito mais eficiente do que um drive forte. Sempre que tentar uma “passada” com um drive, avance junto com o seu golpe, física e mentalmente. Golpeie com convicção, sem olhar, nem para seu adversário, nem para o lugar para onde está querendo dirigir a bola.

Drive Para Avançar (approach)

Esta é a ocasião em que o drive batido na subida da bola é de grande valor, se bem que não se deva abusar, pois nem sempre é o golpe lógico a ser executado. O drive de subida à rede (approach), tanto de direita, como de esquerda, deve ter três qualidades importantes, para ser eficiente:
    • Deve ter profundidade.



    • Deve ser potente.



  • Deve ser dirigido a um canto da quadra.

Profundidade, potência e colocação; nunca suba à rede atrás de um golpe que não possua essas três qualidades. Não tente fazer o ponto com o drive, com que está subindo à rede. Se fizer estará forçando-o demasiado. Não há necessidade de tomar um risco muito grande, pois a intenção do golpe é somente provocar uma devolução fraca, que você, na rede, possa matar. Todos os golpes de subida à rede (approach) devem ser acompanhados de uma idéia fixa: Avance! Você deverá subir com igual confiança e com a mesma freqüência, tanto contra a direita, como contra a esquerda do adversário; tanto com golpes paralelos, como cruzados, independendo de qual seja a chance de ataque mais lógica que se apresente. Mantenha o seu adversário na dúvida.

Drive Para Fazer o Ponto

Existem somente três situações, nas quais se deve arriscar tudo, com o drive:
    • Em um saque fraco, ou em uma bola no meio da quadra, quando o campo de seu adversário está todo aberto.



    • Na “passada”, contra um jogador subindo à rede.



  • Em situação desesperadora, colocado para fora da quadra.

Quando estiver muito entusiasmado, tentando tudo, procure controlar-se, lembrando que as partidas de tênis são sempre perdidas por se errar e nunca são vencidas pelos pontos conquistados.
Drive Para Abrir a Quadra Adversária

Usando o drive como uma arma de manobra tática, nunca é preciso tomar riscos desnecessários; dê sempre uma margem grande de segurança sobre a rede e uma margem razoável lateral e sobre a linha de fundo. Este drive deverá ter sempre uma boa média de velocidade, suficiente para fazer seu adversário ter de correr para alcançá-lo, mas não deve ser tão rápido que se arrisque erra-lo, ou com força demasiada, tentando fazer o ponto. Use o drive de meia força, para cansar o adversário e fazê-lo errar. Não tem importância que ele saiba que você vai fazê-lo correr de um lado para o outro. Não há muita coisa que ele possa fazer para impedi-lo.

Drive Para se Defender

Este é o drive defensivo. Tire toda a velocidade de seu golpe e dê um drive lento, alto e bem fundo. Este golpe dará com resultado:
  • Tempo de recuperar a posição na quadra, o que de imediato diminui a correria.

  • Tirar a rapidez e velocidade do ponto fará seu oponente esperar, quebrando-lhe o ritimo e mudando seu tempo de batida.

Não se deve abusar deste drive defensivo e em muitos casos, a melhor mudança de ritimo é um “slice” ou um “chop”, mas como variação para se safar de uma dificuldade séria, este drive alto, vagaroso e mole, é a melhor maneira de defesa. Nunca subestime o valor do drive!

Slice e Chop

O “slice” e o “chop” são, essencialmente, golpes de defesas, que em algumas poucas circunstâncias, podem ser usados em ataque, mas esse ataque é sempre sutil e com finesse, nunca um jogo de pura força.

Executando “slice” ou “chop”, deverá haver uma ligeira tendência a inclinar a cabeça da raquete para trás, mas sem exagerar, o contrário a bola será atirada para o ar. A diferença entre os dois golpes está no ângulo formado pela cabeça da raquete e a trajetória da bola. No “chop” o ângulo formado é maior do que 45° e no “slice” o ângulo formado é menor do que 45°. A técnica de execução de ambos os golpes é quase a mesma, enquanto o drive é sempre golpeado com movimento ascendente, em linha com a trajetória da bola, dando-lhe o efeito “topspin”, no “chop” e no “slice” são sempre golpeados em linha com a trajetória da bola, para baixo, com efeito descendente “backspin”. Assim ao passo que a bola no drive ao bater no chão pula para a frente, devido ao seu efeito ascendente, a “chop” e “slice”, devido a seu efeito contrário, tem a tendência a parar e afundar.

O “chop” e o “slice” não são, definitivamente, golpes de grande velocidade, uma vez que, o efeito contrário agindo contra o ar, faz com que a bola se levante e flutue. É um golpe que deve ser dado paralelo ao solo ou, se o pulo da bola for suficientemente alto.

Os principais usos do “chop” e do “slice” são:
    • Para quebrar o ritmo de seu adversário, mesclando-o com drives e para diminuir, em um ponto, a velocidade e o tempo (defesa).



    • Para devolução de saques muito rápidos (defesa).



    • Para controlar as bolas que o apanhem fora de posição, particularmente as que pulem alto demais, para a execução de um drive (defesa).



  • Como um golpe agressivo, atrás do qual se suba à rede (ataque).

Note que três, dos seus quatro maiores usos, são defensivos e somente um é de ataque. Mesmo este não é tão bom quando um drive, para ser usado frequentemente.



1. Para quebrar o ritimo de seu adversário – Quase todos os tenistas gostam de adquirir um ritimo determinado e jogar mecanicamente. No entanto, conseguindo-se tira-los de seu ritimo, raras vezes conseguem readquiri-lo na mesma partida. Não há golpe que consiga tirar melhor o adversário de jogo do que o “chop” ou “slice” inteligente usado em variações com o drive. Somente o “slice”, ou mesmo uma percentagem muito maior de “slice” sobre o drive, não é bom. Mas misturando-o com o drive na proporção certa, é um ótimo forja dor de erros. Seu valor também varia de acordo com a superfície da quadra. Tem mais valor no saibro, onde o efeito é muito violento. A bola afunda mais, o pulo é mais baixo e mais curto. Pouco ainda em quadra dura, onde o pulo é muito alto e fácil de golpear, Contra um tenista que bate forte aumente os “chops”, para diminuir a velocidade da bola. Todas as vezes que você muda o efeito e a velocidade de seus golpes, obriga seu oponente a ser muito cuidadoso e, se sua concentração afrouxou, a mudança de efeito e velocidade o fará errar. O efeito do “chop” ou “slice” é cumulativo. Em alguns casos, seu oponente estará fornecendo a força nos drives. Os tenistas que batem forte gostam de bater uma bola pesada. Por outro lado, encontram dificuldade em imprimir velocidade a uma bola mole.

2. Para devolver saques muito violento – Tudo que aplica na defesa de drives violentos é também aplicável contra saques violentos. As vantagens ainda são maiores, porque o sacador tem que iniciar o ponto novamente, se você simplesmente devolve à sua quadra um “chop” ou um “slice”, bem fundo. Toda a vantagem do seu saque se perdeu e, psicologicamente, a pressão aumenta toda a vez que seu saque violento é devolvido dessa maneira.

3. Para controlar bolas que o apanhem fora de posição – Particularmente as que pulem à altura do ombro, ao levar um contra pé, o que acontece um bom número de vezes. Tenistas são apanhados muitas vezes na “terra de ninguém”, para dentro da linha de fundo, por uma bola que pula alto e que tem que ser devolvida à altura dos ombros. Nessas ocasiões é onde o “chop” funciona, com seu preparo curto e alto e o uso do pulso em movimento encurtado, é ideal para controlar a situação. Levante a cabeça da raquete e faça o movimento para baixo e através dela, assegurando-se de continuá-lo até o fim. O último uso do “chop”, o único de ataque.

4. Como um meio de avançar à rede – As mesmas regras de direção, profundidade e força, usadas o drive, são também verdadeiras para o “chop”, nessa ocasião. O “chop” de subida à rede é o único que deverá ser golpeado com força. Deve ser usado somente em bolas no meio da quadra, que pulem pelo menos a altura da cintura. É particularmente eficiente em pulos da altura dos ombros ou da cabeça. Sua maior vantagem está no fato que pode ser executado quase de qualquer posição e, usualmente, de um ponto mais perto do pulo da bola do que o drive, podendo o avanço, assim, ser um pouco mais rápido.

Não esqueça!
    • O drive é o golpe-chave e o mais importante de todos, pois é usado no ataque e na defesa.



  • O “chop” e o “slice” são de importância secundaria, mas são vitais para a defesa e para a possibilidade de se variar o jogo.

Nenhum tenista é completo se não possuir ambos os golpes em seu repertório. Um tenista é tão bom quanto sejam bons os seus golpes de fundo de quadra, não importa quão grande seja seu jogo de rede, pois somente atrás de golpes de fundo poderá ele chegar à rede.

Voleio e o Smash - “O Jogo de Rede”

Representa no tênis o máximo em ataque. É a ofensiva esmagadora que arrasa o adversário, ou destrói a si mesma, pela própria fúria do seu ataque. No segundo caso, é provável acabar em exaustão física, colapso e esforço inútil.

Ninguém pode ser um tenista completo, sem um jogo de rede adequado, mas o jogo de rede é menos importante do que o jogo de fundo de quadra.

A rede é a meta final de um tenista, uma vez que decida atacar e não importa quanto tempo ele tenha que se defender ou manobrar, para chegar lá. O que ele não deve fazer é subir à rede descuidadamente, indiscriminadamente ou mesmo o tempo todo. Seu avanço para a rede deve ser feito, sempre após preparação cuidadosa e apropriada, quando seu adversário tenha sido colocado na defensiva e quando as chances de conquistar o ponto sejam superiores a 50%. Nunca defenda na rede, nunca dê a seu adversário, sendo possível outra chance após seu primeiro golpe, mas se não puder evitá-lo, o seguinte deve ser decisivo. Jogo de rede é morte súbita. Se tiver qualquer timidez, medo de errar, ou pensar em defender, não vá à rede. Na rede, a ousadia e audácia dos ataques é que fazem o delírio da adrenalina.

Voleio - “O Primeiro Golpe no Jogo de Rede”

A mecânica do voleio é idêntica na direita e na esquerda, somente com os pés ao contrário.

1. A empunhadura é a “Continental”.

2. O jogo de pés se houver tempo para executá-lo, é o mesmo usado no jogo de fundo. Muitas vezes, uma bola vem tão subitamente, que não a tempo de trocar os pés. Se isso acontecer, transfira seu peso para o pé mais próximo da bola e incline-se para frente.

3. Levante a cabeça da raquete acima do pulso, e use uma preparação muito curta. Movimente a cabeça da raquete para frente em direção à trajetória da bola e golpeie com o pulso firme, com o movimento descendente (de cima para baixo), imprimindo o efeito “backspin”, diretamente em direção ao lugar onde deseja que ela vá, e, acima de tudo, não a acompanhe coma raquete. O voleio vai ganhar potência da força da bola do adversário, acrescido da solidez do seu bloqueio e da firmeza do seu pulso. Isso se aplica a voleios fundos.

4. Quanto mais baixa a bola que se tenha que volear, mais se devem flexionar as pernas, pois em todos os voleios, a cabeça da raquete, no momento do impacto com a bola, deve estar acima do pulso. Não tente bater um voleio com a cabeça da raquete abaixo do nível da rede. Contente-se em deixar a face da raquete dar o ângulo necessário, e obtenha força, pelo peso da bola do adversário. Fazem-se mais pontos de voleio pela direção e colocação, do que por pura velocidade.

Voleio e Deixada


Há outro tipo de voleio, o voleio deixada, macio, com efeito, “backspin”, que é de grande valor. Este voleio é batido da mesma maneira que o bloqueado, exceto que o pulso é afrouxado ligeiramente e um pequeno “chop” dá efeito “backspin” a bola. A cabeça da raquete se movimenta para baixo e sob a bola, e o pulo da mesma é baixo e quase nulo. O voleio deixada, para ser eficiente, nunca deve ir além de 3 metros da quadra adversária e, de preferência cruzado. Quanto mais curto e mais cruzado, melhor. Tais voleios são muito menos importantes que o voleio de peso e profundidade, executado com uma raquete firme, chapada, mas ambos são necessários no equipamento de um verdadeiro “tenista”.

Posição do Voleio

O fator mais decisivo na habilidade de volear está na posição correta, quase tão importante é o método de alcançá-la. São coisas completamente diferentes.

A posição correta para volear é de 1,80 cm a 3 metros de distância da rede e cerca de 60 a 90 cm, da linha central da quadra, do lado em que está a bola. Não há nenhuma dificuldade em se lembrar disso, mas atingir a posição e conserva-la é que é o difícil. Muitos tenistas se movem para o meio da quadra, sobre a linha central e julgam estar cobrindo tudo, mas estão enganados. A paralela, que é a passada mais fácil, ainda está aberta. O movimento correto será ir bem além da linha central, fazendo este movimento, você realmente cobriu a paralela e pode ainda cortar qualquer bola cruzada, exceto uma quase perfeita.

Se seu adversário acertar o golpe perfeito, bata-lhe palmas e não se aborreça, ele não o fará muitas vezes.

Raramente você necessita cobrir, na rede, mais de dois terços da quadra. Há o terço de uma cruzada que um adversário pode executar, contudo é tão difícil de ser atingido por uma passada que vença a rede, que você pode se permitir dar ao adversário os poucos pontos que ele conseguir com ela, pois será compensado com o grande número de erros que ele cometerá tentando-o. Assim, sua posição deverá sempre cobrir fisicamente a passada paralela, você deve estar preparado mentalmente para a passada pelo meio da quadra e pode desprezar totalmente a passada muito cruzada. Para fazer isso, ao subir à rede, siga sempre a linha da trajetória de sua bola.

Ao executar o golpe de subida, siga-o com decisão, mas não velozmente, que não possa parar, ou voltar, com facilidade. Ao subir, prepare-se para volear, não pendure a sua raquete, deve-se levar a raquete em frente ao corpo, com a cabeça da mesma erguida, e volear a bola bem na frente. Não atrase, um voleio atrasado tem a tendência a subir e não tem peso. Não deixe a bola vir encontrá-lo, mas, ao contrário, avance com a sua raquete e encontre-a no caminho. O primeiro voleio deve ser executado do meio da quadra e deve ser no fundo da quadra, continue movimentando-se, para matar no golpe seguinte, ao atingir a posição correta. Nenhum golpe que você execute, tem boa chance de ser decisivo, a não ser que você esteja na posição correta.

Smash - “O Segundo Golpe no Jogo de Rede”

Este é a grande arma do tênis. Aqui, mais do que em qualquer outro golpe, a força bruta e a potência dão resultado. Não que haja lugar para se usar a cabeça, pois se pode associar o golpe com o cruzamento vagaroso, mas a maioria dos smach faz o ponto exclusivamente pela força.

A técnica é simples, basta copiar o saque forte.

• Olhe a bola até golpeá-la (Perdem-se mais smach por se olhar para baixo, momentos antes de atingir a bola, do que por qualquer outra razão).

• Vire-se de lado (Mesmo que a bola esteja um pouco para a esquerda, golpeie com a direita).

• Conserve pelo menos um pé no chão e não gire seu corpo de frente para a quadra, até ter atingido a bola, mas, ao golpear, incline-se para frente.

• Faça um movimento completo e assegure-se que, no momento do impacto com a bola, a cabeça da raquete esteja à frente de sua mão.

• Golpeie completamente chapado, diretamente ao ponto onde deseja que a bola vá e continue o movimento da raquete até o fim do arco descrito pela cabeça da raquete, abaixo de seus joelhos.

O smash, em teoria, é sempre um golpe de ataque e deve ser executado com grande decisão. Somente se a bola for muito alta e muito funda, que se tenha que pular para alcançá-la, é que pode ser jogado defensivamente. Não importa quão atrás você possa ser levado por um lobe, deve sempre inclinar-se para frente, ao dar um smach. É a cabeça da raquete e a velocidade do movimento que dão potência e velocidade ao golpe. Um bom smash é executado com pequeno ou nenhum movimento de corpo, nenhum esforço conclusivo e com aparente facilidade. O smach é quase o único golpe, exceto, talvez, o saque chapado, no qual a altura do tenista influi, mas, contudo, não é absolutamente essencial. Quase todas as vezes que o smach pode ser usado, deve ser executado com força destrutiva.

O jogo de rede é ataque e tem grande valor estratégico, se usado inteligentemente no momento certo, ainda que não seja um jogo para ser usado o tempo todo ou impensadamente.

Lobe, Bate-Pronto, Deixada - “Os golpes sutis”

Lobe

Há um outro aliado do jogo de fundo, em sua defesa contra o tenista de rede. Esse golpe é o “lobe”, que não é mais que uma devolução onde se atira a bola bem para o alto. Existem três tipos de lobes:
  1. O lobe com backspin (defesa).
  2. O lobe sem nenhum efeito (chapado) (defesa).
  3. O lobe com topspin (ataque).

 

O lobe com backspin – Este e simplesmente um “chop”, executado com uma inclinação acentuada da raquete, de modo que a bola, encontrando a face da raquete em ângulo aberto, é atirada para o alto. Adquiri-se controle, acrescentando-se ligeiro movimento com o pulso, não havendo grande movimento de preparação nem de terminação.

O lobe sem efeito – Para executá-lo é suficiente colocar a face plana da raquete sob a bola e golpeá-la para cima. Não há efeito suficiente para controle e não é tão bom como o anterior.

O lobe com topspin – Este é um golpe ousado e perigoso. Para executá-lo, leve a àbeça da raquete abaixo da bola, golpeie sua parte posterior com um movimento ascendente, dobrando o seu pulso sobre a bola, imprimindo-lhe, assim, uma forte retração para frente. Esse golpe só tem valor, quando seu adversário está quase em cima da rede, esperando um drive.

O lobe com backspin é o mais largamente usado e é puramente defensivo, usado quando em dificuldade, para dar tempo de se recuperar a posição. O lobe deve ser sempre executado alto, pelo menos a seis metros de altura e o mais longe que você possa ousar, portanto conserve boa margem de segurança. Como regra geral, o lobe dirigido ao canto esquerdo da quadra do adversário é muito valioso, mas também possibilita a ele tentar o esmache cruzado à sua esquerda, se seu lobe não for suficientemente alto e fundo, para colocá-lo na defensiva. O lobe só tem valor, quando usado como parte de um sistema total de jogo e não simplesmente como golpe à parte.

Os modos de usar um lobe são:
    • Quando é inesperado e não o golpe que seu adversário está esperando, particularmente quando está avançando para a rede e está preparado para uma passada de drive.



    • Quando você é levado diretamente à frente de seu adversário na rede e ele está montado nela.



  • Quando você é tirado para fora da quadra e necessita muito tempo para recuperar a posição.

O lobe, em simples, e principalmente em duplas, é um exemplo excelente de um dos melhores golpes do jogo.

Os golpes-filigrana, os golpes que não necessitam ser ensinados, pois quando um tenista atinge aquele estágio onde poderá usá-los, já é suficientemente bom para desenvolver sua própria maneira de executá-los, mesmo porque são golpes principalmente de finesse, ou instinto. Tais golpes são:

Bate-Pronto

É executado assim que a bola começa a sair do chão, com a empunhadura, jogo de pés, movimento da raquete, tudo enfim, de um drive de direita ou de esquerda. Exceto, naturalmente, que a bola não é batida na altura da cintura. O segredo em golpear o bate - pronto, está em flexionar as pernas, agachando-se à altura da bola, inclinando sobre o golpe e continuando o movimento até o fim, com a face da raquete plana e o pulso rígido.

O bate – pronto só deve ser usado quando se for obrigado a fazê-lo, atingido que se foi, por uma bola nos pés, não deve ser escolhido deliberadamente.

Sendo o bate – pronto um golpe feito sob pressão, execute-o atacando e não defendendo, bata-o firmemente, decisivamente e com boa força, avançando para a bola ao executá-lo, Não há nenhum outro golpe no jogo de tênis que requeira tanta precisão de tempo como o bate – pronto, acima de tudo, requer visão perfeita, não desviando-se os olhos da bola um instante sequer. É gostoso de dar, mas sua percentagem de erro é tão alta, que só deve ser usado quando não seja possível outro golpe.

Deixada - “Dropshot”

A deixada é um “slice” muito delicado, executado com a raquete para trás, requer o uso do pulso numa ligeira batida, pouco preparo da raquete para trás e um razoável prosseguimento do movimento após o golpe. A cabeça da raquete deve encontrar a bola razoàvelmente em cheio, passando então por baixo dela, para lhe dar efeito backspin. Para ser de algum valor, deve cair a menos de 2 metros e meio da rede. Se for muito longe, é praticamente ponto feito para o adversário. Sua maior chance de sucesso está no elemento surpresa, o que obviamente não acontece se abusar dele. O “dropshot” é muito efetivo após se ter feito o adversário correr no fundo a um dos cantos, dê, então, a deixada cruzada.

O efeito da deixada, como o de “slice”, é cumulativo. É realmente fácil chegar nele nos primeiros games, mas após ter-se ido buscar uma boa quantidade deles, começam a parecer muito distante.

“Considerações finais sobre golpes”

Os golpes representam tudo no jogo de tênis e que são suficientes para fazer um bom tenista. Você pode golpear uma bola de forma perfeita, parece ser um campeão na quadra e ser um “passeio” para o adversário. Pense sempre antes de cada golpe, nunca bata uma bola sem ter uma idéia definida sobre o resultado que ela trará para você e para seu adversário. Mesmo sendo essencial saber como golpear uma bola de tênis, é o “porque”, “onde” e “quando” que vencem as partidas. Use corretamente os golpes que fazem de alguém que joga tênis, um “TENISTA”, talvez, mesmo, um “CAMPEÃO”.
 
 
Obs.: Veja também o artigo que fala como você deve usar as empunhaduras, "a pegada" no cabo da raquete, chamado de GUIA DO GRIP.
 
Esta área de fundamentos teve como fontes:
Livro “Doce Colheita”
José Rodrigues da Costa -2003
Técnico/Professor de Tênis
Campeão Mundial Cat 55 anos/1999.

Adaptação do livro
“How to Play Better Tennis”
William T. Tilden - 1950
por Luiz Sisto, em 2007



5º Parabéns, você agora é um principiante

Agora você já pode fazer alguns joguinhos com seus amigos do mesmo nível que você e já pode sonhar em melhorar para ganhar daquele amigo que já jogava a um tempo um pouco maior que você, mas é preciso ter muita vontade, tenho que ser sincero e dizer que o tênis ainda não é um esporte natural pra você e nem sempre é possível ter prazer disputando uma partida, já que os pontos normalmente são definidos por quem erra menos, alguns anos são necessários para isso ocorrer. Lembrar-se de todas as dicas e técnicas de cada fundamento é algo que um jogador de tênis faz até mesmo em nível profissional, imagine então no nível principiante.

Depois de um tempo de prática, paciência e teimosia você vai notar que não consegue mais parar de jogar, pois em cada fase os desafios e as variantes são diferentes e cada vez mais tênues.
 
 
Zette
 

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